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Aumentam os casos de Demência no Brasil; entenda

  • Foto do escritor: Método Supera
    Método Supera
  • 20 de set. de 2023
  • 2 min de leitura

Casos de demência no Brasil seguem aumentando.

Essa preocupante realidade está chamando a atenção para um desafio de proporções cada vez maiores!

Com a melhoria da qualidade de vida, e os avanços na medicina, percebe-se o aumento da expectativa de vida da população brasileira, e em paralelo maior a prevalência de doenças crônicas, entre elas aquelas que afetam a perda progressiva das funções cognitivas, como as demências. De acordo com o relatório anual da Alzheimer’s Disease International (ADI) – World Alzheimer Report, o número estimado de pessoas vivendo com demência em 2050 será de cerca de 130 milhões em todo o mundo (Porcionatto, 2017) e 5,5 milhões no Brasil.

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Em 2019, o total de casos de demência era de 20%, maior do que quatro anos atrás, quando se estimava haver 1,48 milhão de pessoas com demência no Brasil, de acordo com um relatório coordenado pela psiquiatra e epidemiologista Cleusa Ferri, e com a contribuição de especialistas em neurologia, apresentado ao Ministério da Saúde.

O termo demência diz respeito a um conjunto de doenças neurodegenerativas que ocasionam a perda gradual das funções cerebrais e habilidades cognitivas como a memória, linguagem e raciocínio, além dos prejuízos funcionais. Dentre os principais tipos de demências estão: Doença de Alzheimer (DA), Demência Vascular, Demência com corpos de Lewy, Demência Frontotemporal, e as Demências Parkinsonianas.

Nas últimas décadas, tem-se observado um preocupante aumento na prevalência dessas condições, o que representa um desafio significativo para o sistema de saúde e para a sociedade como um todo. Os fatores que contribuem para o aumento da demência no Brasil são diversos, dentre eles, o crescimento da população idosa, que é um dos principais impulsionadores desse cenário. Entretanto, vale ressaltar que essa condição não é uma característica do envelhecimento normativo.

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Outras variáveis de risco são os hábitos de vida e a baixa escolaridade. O estilo de vida moderno, caracterizado por uma alimentação inadequada, sedentarismo, estresse e poucas horas de sono, podem contribuir para a crescente taxa dessa patologia. O acesso a uma dieta balanceada e cuidados médicos adequados pode ser desigual em diferentes regiões do país, o que retrata a heterogeneidade socioeconômica brasileira.

Um estudo liderado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e publicado em 2022 pela revista científica Alzheimer ‘s & Dementia, destaca a importância do tempo de escolaridade para a promoção da formação de conexões entre neurônios que aumentam a densidade das fibras que transferem informações entre as regiões cerebrais, o neurocientista Yakov Stern, nomeou essa conectividade como reserva cognitiva. A Profa. Dra. Claudia Kimie Suemoto explica que essa reserva funciona como uma espécie de poupança, quanto maior a reserva cognitiva, maior carga de lesões neuropatológicas a pessoa consegue suportar e quanto maior o nível de escolaridade, maior a reserva cognitiva do indivíduo (FMUSP, 2022).

A falta de conscientização sobre os sinais precoces da demência para a sociedade também pode levar a um diagnóstico tardio, dificultando a implementação de intervenções adequadas no início do quadro.

 
 
 

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